Minha História.


                                                            Graduado em licenciatura plena em história 2010, pós - graduado Lato-sensu em história das culturas afro-brasileira e indígena 2011, conselho de educação do Amapá no período de 2011 a 2012, Assessor Técnico de projetos culturais regularização fundiária e educação Quilombola. Principais atividades: implantação de políticas públicas de ações afirmativas do Estado através dos projetos SEAFRO PRESENTE COM VOCÊ, que fez um levantamento historiográfico das populações afros descendente do Estado; criador do projeto prêmio seafro de educação quilombola, intitulado – Igualdade Racial na Escola é coisa séria; organizador do projeto afro ritmos, que implementa a lei 10639/03, com forma dinâmica através da musica. Palestrante sobre a temática educação Quilombola no Amapá em cayene no evento – journne de La libete 165 anniversare de l’abolition de l’escravage no ano de 2013, fui responsável pela comitiva de Amapá na III conferencia de Igualdade Racial em Brasília, onde foi coordenador do grupo de trabalho E2-grupo 07. militante do PSB-nsb sou secretario de formação politica nsb e conselheiro do COMIGUALDADE. Desde pequeno no Laguinho eu, era curioso de como aqueles moradores eram diferentes; para lavar roupas, passar. Assim lá pelos idos de 80; era quando eu tinha 5 anos, eu morava onde hoje é a Igreja dos Momos na avenida Ana Néry, no bairro jacaré acanga (Jesus de Nazaré), minha casa coberta de palha paredes feitas de buriti, o assoalho da casa, tinham umas gretas tão espaçosas que dava pra ver o movimento dos animais debaixo dela. O dia do meu nascimento é que foi um acontecimento. - Minha mãe nunca fez um pré-natal e trabalhou lavando roupa ate o ultimo momento de meu parto, ela conta que bem antes de sentir dor, foi ao poço puxar água para lavar roupa e quando vinha chegando, o primeiro balde, sentiu a dor do parto; dona Zefa lhe acudira a levando para casa, em seguida a parteira foi chamada e todo o trabalho de parto foi feito em casa mesmo, sendo que no meu registro consta que nasci na maternidade de Macapá; pra você ver que história é o que não me falta. Pode parecer estranho mais com cinco anos de idade eu aprendi que ali também era laguinho e, muitos dos bairros adjacentes partiam do mesmo principio. Nessa Rua, Ana Nery, da escada de minha casa eu observava a rotina, da manhã ate a noite (o que não era todo dia Né, pois criança dorme sabe como é), morava na rua conhecia os moradores, nome por nome. Por de traz das casas era cheio de mucajazeiros e muitas árvores frutíferas, manga então; quem plantou eu não sei, os terrenos mediam 30X60 só na rua de casa tinham uns 5 campos de futebol. E falando dos mucajaseiros, no tempo de boa safra nos reuníamos a colher e pilávamos num pilão juntamente com um “siri”, para tirar a gordura (um tipo de grude do mucajá), era então feito vinho do mucajá, mingau com arroz, e varias iguarias do gênero, - rapaz quase ninguém tinha geladeira, só que o pote de barro dava uma água parecia de geladeira mesmo de tão fria; um detalhe com o tempo eu não aguentava tanto mucajá, o que nos alimentava, pois minha mãe lavava roupa para tirar o sustento e, quando chovia não sei se chovia mais fora ou dentro de casa, a vida era em comunidade mesmo, tudo era feito em coletivo, tinha a tia Zefa merendeira de escola pública que morreu na labuta - que deus a tenha, ela era engraçada, tinha uma novela no radio, assim no horário de meio dia quando tava para começar ela gritava – “cumadre norata vai cumeçar a nuvela”, tudo assim da escada de casa. (novela de radio que era transmitida pelas ondas da Radio nacional via Radio Difusora de Macapá)

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