Derrubada do mastro na favela marca o ultimo marabaixo do ciclo 2017.
Domingo
dia 18 de junho (domingo), dia de derrubada de mastro no Bairro da Favela no
barracão Dica congo, exatamente as 17hs, a neta de Benedito lino do
Carmo; que entrou para a história como “Congo”, por ter sua
ancestralidade no país de Congo, iniciou os trabalhos com a fala
inicial de agradecimento aos convidados por um ano de realização,
em homenagem a Santíssima Trindade, como não podia faltar, o
primeiro “ladrão” a ser acompanhado pelas caixas de nego Nena
Silva e Carlos Nascimento, um filho de Biluca e outro Neto de seu
Caiana foi:
ELISIA CONGO |
“eu
tenho fé em deus, la na sarga da maria”,
Enquanto
isso, os fogos chamavam os que ainda faltava chegar, para o ultimo
marabaixo do ciclo do ano de 2017. Para os marabaixeiros, a derrubada
do mastro é a mais rápida de todo o ciclo, pois exatamente as
18horas o mastro da santíssima, vai ao chão, sentimento não só de
dever cumprido também de gratidão, pois no meio de cada ciclo não
é só a promessa da festa, mas cada um tem o seu pedido pessoal.
“Eu
adeus coam já me vou coam,
coam
me convidou, pra mim tomar um café, a chaleira já tá no fogo”
A
família congo realiza o ciclo na av. Mendonça júnior 1275, a pelo
menos 62 anos, para Elísia congo a festa ficou restrita a família,
pois hoje ninguém quer fazer, “é muito dispendioso”, nesse ano
segundo Elísia, teve que se desfazer de algumas economias para ver a
festa acontecer. Em outras palavras: o governo que é quem tem que
ajudar no pagamento do ciclo, tem um calendário e não paga; esse
ano os festeiros tiveram uma ajuda da prefeitura, agora do governo,
“deus que sabe” (questionamento do editor).
A
família congo é uma referencia do marabaixo no Bairro da Favela
(Santa Rita), e o grupo se tratando de entusiamos da show, não mede
esforços para prestigiar o ciclo, as pessoas vão chegando com suas
saias nos braços, rosas e toalhas nos ombros, seja de carro, andando
em grupo, para assim dançar na roda sem sentir a exaustão; sempre
regrado a tradicional gengibirra.
Alan Cruz voz de veludo |
No
grupo de Elísia tem cantores como Alan Cruz de 24 anos, que tem suas
origens na comunidade quilombola de Igarapé do lago, canta marabaixo
a cinco anos “ o marabaixo foi paixão a primeira vista”, foi o
que falou o menino da voz de veludo do marabaixo, e como companheiro
o jovem Wendel Luan de 20 anos, neto de dona Chiquinha do Bolão,
mora no laguinho e empresta o seu talento nos marabaixos da cidade de
Macapá, sua característica marcante; além da voz canta as letras
com sentimento e, como não podia faltar as mulheres se fazem
presente que tem a beque vocal do grupo; sem falsa modéstia, o vocal
não deixa a desejar.
Wendel Luan |
E
como não poderia faltar tem que ter a presença marcante do fã
numero 1 do grupo o popular Bené do formigueiro, uma pessoa
folclórica de Macapá “salve Bené”.
Assim
se vai mais um ano de ciclo do marabaixo na favela que a santíssima
trindade cubra com o seu manto essa cultura do extremo norte. “ora
quem dois promete, não falta, serei feliz algum dia”.
Realmente manter a cultura do Marabaixo sem ajuda do governo,não é pra qualquer um,Raízes da Favela é só sucesso. Mete a cara Macapá....!
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