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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Dia 29 – Morre José do Patrocínio, jornalista e ativista da causa abolicionista. Rio de Janeiro/RJ (1905).

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José do Patrocínio (José Carlos do Patrocínio), jornalista, orador, poeta e romancista, nasceu em Campos, RJ, em 9 de outubro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de janeiro de 1905. Compareceu às sessões preparatórias da instalação da Academia Brasileira de Letras e fundou a cadeira nº 21, que tem como patrono Joaquim Serra. Era filho natural do Padre João Carlos Monteiro, vigário da paróquia e orador sacro de grande fama na capela imperial, e de “tia” Justina, quitandeira. Passou a infância na fazenda paterna da Lagoa de Cima, onde pôde observar, desde criança, a situação dos escravos e assistir a castigos que lhes eram infligidos. Por certo nasceu ali a extraordinária vocação abolicionista. Tinha 14 anos quando, tendo recebido apenas a educação primária, foi para o Rio de Janeiro. Começou a trabalhar na Santa Casa de Misericórdia e voltou aos estudos no Externato de João Pedro de Aquino, fazendo os preparatórios do curso de Farmácia. Ingressou na Fa

Dia 25 Acontece a Revolta dos Malês, rebelião contra o escravismo e a imposição da religião católica. Salvador/BA (1835).

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A Revolta dos Malês foi um levante de escravos na cidade de Salvador, capital da Bahia, que aconteceu na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835. Foi a revolta de maior importância do estado.   O movimento ganhou este nome devido aos negros de origem islâmica que organizaram o levante. O termo "malê" tem origem na palavra imalê, que significa "muçulmano" no idioma Iorubá. Apenas negros africanos participaram da revolta, que contou com cerca de 600 homens. Os nascidos no Brasil, chamados crioulos, não cooperaram.   Os escravos que lutaram na revolta eram em sua maioria muçulmanos falantes da língua iorubá, também conhecidos como nagôs na Bahia. Outros grupos étnicos, como os haussás tiveram participação na batalha também, mas contribuindo com um número menos significativo de pessoas. Os nagôs tinham o costume de registrar grande parte dos acontecimentos, e as anotações encontradas viraram documentos para entender os motivos e circunstâncias do levante. Tendo

Plantar comunicação como se planta o umbigo na terra

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Plantar o umbigo na terra é muito presente na cultura das comunidades negras, quilombolas, saramakas. O filho que ao nascer a mãe enterra o umbigo e cria um laço de amor ao seu lugar – eu sou descendente quilombola porquê o umbigo de meu pai foi plantado no quilombo.  O mesmo ato é feito pelo saramaka do outro lado da fronteira, na Guiana Francesa – "Oyapock, a mo péyi, a la mo ké rété, oui a la mo ké rété,paské a la mo lombri planté…" tradução  "Oyapock, é meu país,e é aqui que eu vou ficar, sim é aqui que eu vou ficar, por que foi nessa terra que meu umbigo foi plantado..."-  isso é comunicação ancestral. Sempre levei minha curiosidade – como esse ato se da lá e se da aqui? Mesmo separados por um rio? Da forma de comunicação de comunidades distantes umas das outras, de continente a continente, formas de vidas que se uniram pelas ondas do mar, viajaram pelas ondas e rajadas de vento, pelas fumaças, de alguma forma a comunicação se fez. A

Indefinido os nomes das cardeiras que homenageará os baluates das culturas do batuque e do marabaixo na academia amapanese

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Nessa sexta feira  (12) as comissões que integram a organização da academia amapaense de batuque e marabaixo, se reuniram nas dependências da igreja jesus de Nazaré para apresentar os nomes das personalidades que darão nomes as cadeiras, de inicio foram apresentados apenas 30 nomes, e diante de reivindicação das comunidades o numero das cadeiras foram ampliadas para 40, segundo o representante da comissão Carlos Piru que ainda integram : Daniella Ramos, Dany Pancadão, Valdi Costa, Ísis Tatiane, José Hozana, Rosivaldo, Rock e Paulo, foi muito difícil chegar a 30 nomes num montante de mais de 150 referencia das duas culturas. Antes da reunião a redação de Alforriaamapá conversou com o principal idealizador da academia, para padre Paulo, a academia vem com a missão de fundamentar historicamente essas culturas, pois a valorização esta exatamente nisso, o de valorizar e dar conhecimento ao povo amapaense quem foram essas pessoas que fecundaram essas cultura, para isso é necessário

Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo

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Resgate, valorização, memória e respeito são as palavras que incentivaram um grupo de amapaenses e descendentes de famílias tradicionais a criar a Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo, a primeira voltada para a cultura regional tradicional. Os direcionamentos foram tratados no último dia 5, na quadra da Igreja Jesus de Nazaré, quando 25 representantes de grupos tradicionais e lideranças de comunidades quilombolas e de movimento marabaixeiro, sob a orientação do padre Paulo Roberto Matias, definiram as metas e deram início aos procedimentos oficiais. A iniciativa foi motivada com base na necessidade de um projeto sério e recente, diferente de todos que já foram implantados para preservar as tradições, cultura e memória dos afrodescendentes do Amapá. Durante a reunião de organização, o padre Paulo Roberto, idealizador do projeto, referência na luta por respeito pelos afrodescendentes brasileiros e militante de causas sociais, ressaltou a importância da Academia. “É preciso te